13/08/13 - 3ª. Feira XIX semana comum
- Deuteronômio 31, 1-8 – “O cajado agora é de Josué”.
Deus sabe o momento em que precisamos ir adiante, mas também nos sugere
o tempo em que precisamos parar quando a nossa missão já foi cumprida.
Como Moisés, nós também precisamos reconhecer que Deus é o autor de
tudo, que Ele é o nosso guia e o Mestre e que o Seu poder age em
qualquer pessoa independentemente da idade, da circunstância e do tempo
de caminhada. Ao completar 120 anos, Moisés percebeu o momento em que
teria de parar e passar adiante a missão que o Senhor lhe destinara. O
Senhor lhe havia prevenido de que ele não atravessaria o rio Jordão e
que outro tomaria o seu lugar. Por isso, Moisés passou para o jovem
Josué o encargo e o encorajou a ir à frente daquele povo seguindo as
orientações do Senhor. Muitas vezes, para nós é muito difícil reconhecer
o nosso limite e ter coragem de largar tudo o que estamos acostumados a
realizar assim como também os encargos a que dedicamos os nossos
melhores dias. Achamos que temos de nos eternizar no “trono”! Esta
realidade existe, tanto no meio político, nos governantes, nos
dirigentes de empresas ou de qualquer instituição e até mesmo dentro das
comunidades e da Igreja nas pessoas que não admitem passar para outros a
condução dos trabalhos, pois se acham indispensáveis. Moisés reconheceu
o seu limite e com humildade soube incentivar a Josué para caminhar
confiante no Senhor. Com ele nós aprendemos a estimular aqueles (as) que
estão começando em qualquer esfera da vida, os jovens, os iniciantes,
fazendo-lhes ver que todo o poder vem do alto e que somos meros
instrumentos nas mãos de Deus. - Existe algo na sua vida que você não
confia entregar a ninguém, mas que você percebe que precisa fazê-lo? -
Como você costuma motivar as pessoas que estão começando: no trabalho,
em casa, na comunidade, na vida? Você costuma ter paciência com os que
estão iniciando?
Salmo – Deut. 32 – “A porção do Senhor é o seu povo.”
O Senhor é o nosso guia em todas as expedições da nossa vida e quando
nós olhamos para trás e tomamos conhecimento da história dos nossos
antepassados nós também comprovamos isto. Portanto, é nosso dever deixar
para as outras gerações um testemunho de confiança no Senhor, o qual
marcha adiante do Seu povo que é a nossa família. Somos todos nós
herança preciosa do Senhor e Ele nunca nos abandona na nossa caminhada.
Evangelho – Mateus 18,1-5.10.12-14 –“ quem é grande no reino de Deus”
Aquele que se compreende pequeno, pecador, ovelha fugida e necessitada,
este é que é grande no reino de Deus. Para Deus somos como filhos
pequenos e amados, dependentes do Seu amor. Por isso, Ele coloca os
anjos em nosso auxilio. Não podemos nos apegar à ideia de que ser
criança é ser tola, (o) é ser infantil. Existe uma diferença entre ser
infantil e ser como as crianças. Ser infantil é ser imaturo e incapaz de
assumir a plena responsabilidade pelas próprias ações. Ser como a
criança, no entanto, é assumir responsabilidade e ao mesmo tempo ser
capaz de entregar-se, de abandonar-se e ser dependente de alguém, ser
autêntica, ser transparente, viver as emoções. “Os atos infantis
afastam, enquanto que as ações próprias das crianças atraem”. Santa
Terezinha nos dá uma explicação muito simples e fácil de entender as
palavras de Jesus: “Ser criança é reconhecer seu nada, esperar tudo de
Deus, como uma criancinha espera tudo do pai; é não se perturbar com
nada, não juntar fortuna...” “Ser pequeno é também não atribuir a si
mesma as virtudes que pratica, julgando-se capaz de alguma coisa, mas
reconhecer que Deus coloca esse tesouro na mão de seu filhinho para que
se sirva quando precisar; mas ele pertence sempre a Deus”. “O elevador
que deve me alçar até ao céu são vossos braços, ó Jesus! Para isso, não
preciso crescer; pelo contrário, devo continuar pequena, devo sê-lo cada
vez mais”. - Como você se sente aos olhos de Deus: grande ou pequeno
(a)? – Você já experimentou ser como uma criança? - Você acha que ser
sábio nas coisas de Deus vai lhe ajudar na sua salvação? – Você se sente
dependente de Deus, abandonado (a) em Suas mãos? - Você é auto
suficiente? – Em quem você confia?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho