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REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO

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Lucas 7,11-17


DÉCIMO DOMINGO COMUM

O evangelho, cuja reflexão fazemos hoje, é de Lucas (7,11-17). Nele se lê a ressurreição por Jesus do filho da viúva de Naim. Esta é uma passagem exclusiva de Lucas. Outros dois relatos da ressurreição nós os encontramos noutros evangelhos: Lázaro (Jo11) e a filha de Jairo (Mc 5,21). O milagre de hoje é, além disso, sinal, que pronuncia a própria ressurreição de Jesus. O episódio apresenta o coração de Cristo, cheio de humildade, o qual se compadece da dor de uma pobre viúva no momento de enterrar seu único filho: “Ao vê-lo o Senhor, se compadeceu dela e lhe disse: Não chore”... E, dirigindo-se ao defunto, lhe diz: Moço, eu ordeno... levante-se! E o morto se levantou e começou a falar, e Jesus o entregou a sua mãe.

A grande chave para a interpretação teológica deste evangelho está na exclamação da multidão que presencia o milagre de Jesus: “Todos, maravilhados, davam glória a Deus, dizendo: um grande profeta surgiu entre nós. Deus visitou o seu povo”. O milagre por Jesus é sinal messiânico do Reino inaugurado e presente em sua pessoa. Por isso, dando prosseguimento ao fato, Jesus a ele se refere ao responder aos emissários de João Batista que lhe interrogam sobre sua identidade messiânica: “vão e anunciem a João o que vocês acabaram de ver e ouvir: os cegos veem... os mortos ressuscitam, e aos pobres é anunciada a Boa Notícia”. Efetivamente, Deus visitou o seu povo. A ressurreição do jovem de Naim é um sinal de libertação que Cristo nos trouxe.

Em síntese, à luz deste evangelho, podemos ainda refletir sobre a verdade de que, embora o nosso corpo se desmorone, podemos crescer e acreditar sempre na vida que nos é dada como um grande dom de Deus. Desde o berço até à sepultura, cada dia vamos morrendo um pouco biológica e fisicamente. Até certa idade, o ritmo da vitalidade vai aumentando: mas, depois, com o decorrer dos anos, vai-se perdendo o vigor intelectual, vão morrendo as células do cérebro, envelhecem as artérias e as articulações. Numa palavra, a passagem do tempo arruína-nos a saúde, a beleza, a juventude. Isso constitui uma bofetada constante em nosso anelo de vida e de felicidade. Ma São Paulo afirma que quando sucede tudo isto, nossa personalidade pode se renovar dia a dia se mantivermos a fé. “Embora nossa condição física vá se desfazendo, nosso interior se renova cada dia “(2 Cor 4,14-16).

Acreditemos, acima de tudo que Jesus triunfa da vida sobre a morte, e, com ele, triunfaremos e seremos eternamente vencedores.

Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente




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